quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Acreditar e agir

 Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.

O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.
Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força.

O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava.

Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.

Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então, o barqueiro disse ao viajante:

Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

* * *

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não-violência.

Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender aos nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

* * *

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.

* * *

Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns pontos:

verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade de terceiros;

se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio;

e, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.

Depois de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.




Redação do Momento Espírita, com base em texto veiculado pela Internet, atribuído a Aurélio Nicoladeli.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Alimento da alma (mensagem psicografada)

Tenhamos todos a consciência, de que a vida se justifica pelos nossos atos,decorrentes do livre arbítrio.

Se não queremos padecer dos males da matéria, não devemos colocar a matéria como objetivo principal em nossa caminhada.

Respondendo pelo espírito em suas conseqüentes mazelas, o corpo físico experimenta as agruras provocadas pelo desequilíbrio dos valores invertidos.

Do mesmo modo que o corpo carnal se alimenta das proteínas e vitaminas, o espírito necessita do alimento reparador,encontrado nos bons pensamentos,nas preces,na caridade e no desejo sincero de trabalhar pelo bem comum.

Fortalecido assim, o espírito avança em direção ao cume de sua jornada,levando consigo a certeza de que estará sempre amparado pela força maior que emana do pai criador.

Não tendo receios dos deslizes que possam ocorrer no caminho, prossegue com confiança,distribuindo luz e paz pelo caminho que percorre


Francisco (espirito)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Desconstrução

por Oscar Okonoski

Não é raro,nos bate-papos virtuais e mesmo nos encontros reais,se defrontar com amigos ja iniciados na doutrina espirita,indagando quase escandalizados,questões referentes a biblia e principalmente ao credo catolico,como se essas questões devessem obrigatoriamente fazer parte do procedimento espirita.
afirmações do tipo: Deus nos deu seu unico filho...Jesus morreu para pagar nossos pecados...pecado original...arca de noé...etc.
são reflexos da dificuldade de desconstruir um entendimento,que vem arraigado no intimo do individuo,devido a grande influencia religiosa,que causa ainda nos dias de hoje,o medo disfarçado de fé.

A doutrina espirita nos mostra outra realidade,outra visão com ensinamentos consoladores e racionais,mas para absorvemos essa essencia,precisamos nos libertar do atavismo religioso sem culpas nem medos dos castigos anunciados na biblia.

Essa desconstrução do entendimento primitivo,é necessario,para que o novo entendimento faça parte de nosso raciocinio,e assim, com a razão mantida, caminhar com mais segurança.
 E conscientes de que somos responsaveis por nosso futuro,fazer do presente uma lavoura fertil de amor e justiça.

sábado, 16 de outubro de 2010

Caminho seguro (mensagem psicografada)




Caminho seguro

A luz do evangelho é a nossa segurança nessa jornada terrena, devemos estar sempre sintonizados nas palavras de Jesus, evitando assim surpresas desagradáveis pelo caminho.

Cultivemos a prece em nossa casa, fortalecendo assim nosso lar,e protegendo nossa família de ataques dos espíritos ainda renitentes no mal proceder

Enquanto seguramos nas mãos de Deus, nada nos atinge e nada nos constrange a fazer o que não devemos.

Não desviemo-nos dessa trajetória, e teremos a paz e a alegria em nossos corações.


Francisco (espirito)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Evocações - Livro dos Mediuns.

Assuntos de Estudos



343. A evocação de parentes e amigos ou de certas personagens célebres, com o fim de comparar as suas opiniões de além-túmulo com as que tinham em vida, são freqüentemente dificultadas quando a conversação cai no campo das banalidades e futilidades. Muitas pessoas pensam que O Livro dos Espíritos esgotou a série de questões de moral e filosofia. Isso é um engano, e por isso mesmo pode ser útil a indicação da fonte de que se podem tirar novos temas de estudo, por assim dizer ilimitados.



344. Se a evocação de homens ilustres, dos Espíritos superiores, é bastante útil pelos ensinamentos que eles podem trazer, a dos Espíritos vulgares não o é menos, embora não possam eles resolver problemas de grande alcance. Pela sua própria inferioridade eles mesmos se retratam e quanto menor a distância que os separa de nós, mais podemos comparar a nossa própria situação com a deles, sem contar ainda que nos oferecem freqüentemente aspectos característicos que são do mais alto interesse, como explicamos no nº 281, ao tratar da utilidade das evocações particulares. É essa portanto uma inesgotável fonte de observações, ainda mesmo que evoquemos as criaturas que na vida presente nos ofereçam alguma particularidade no tocante ao seu gênero de morte, à idade, às suas boas ou más qualidades, à sua posição feliz ou desgraçada na Terra e aos seus hábitos, estado mental, etc.



Com os Espíritos elevados o campo de estudos se amplia. Além das questões psicológicas, que tem o seu limite, podemos propor-lhes uma infinidade de questões morais sobre todas as situações da vida, a melhor conduta que se pode ter nesta ou naquela circunstância, sobre nossos deveres recíprocos etc. O valor da instrução que se recebe sobre qualquer desses assuntos, moral, histórico, filosófico ou científico depende inteiramente do estado do Espírito que se interroga. Caberá a nós o julgamento.



345. Além das evocações propriamente ditas, as comunicações espontâneas oferecem uma infinidade de temas para estudos. Nesses casos temos apenas de esperar que os próprios Espíritos coloquem as questões. Podemos às vezes apelar a um Espírito determinado. Ordinariamente, porém, costuma-se esperar os que desejam apresentar-se e que freqüentemente o fazem de maneira imprevista. Essas comunicações podem proporcionar uma infinidade de questões para estudos. Devem ser comentadas cuidadosamente para que sejam analisadas todas as idéias que apresentam, verificando-se então se elas trazem um cunho de veracidade. Esse exame feito com severidade é a melhor garantia contra a intromissão de Espíritos mistificadores. Por isso mesmo, para a instrução de todos pode se dar conhecimento das comunicações obtidas também fora da reunião. Temos assim, como se vê, uma fonte inestancável de elementos altamente valiosos e instrutivos.



346. As atividades de cada sessão podem orientar-se da seguinte maneira:



1º - Leitura das comunicações espíritas obtidas na última sessão, passadas a limpo.



2º - Assuntos diversos: correspondência, leitura das comunicações obtidas fora das sessões, relato de fatos que interessam ao Espiritismo.



3º - Matéria de estudo: ditados espontâneos, questões diversas e problemas morais a serem propostos aos Espíritos, evocações.



4º - Análise: exame crítico e analítico das diversas comunicações, discussão sobre os diversos problemas da ciência espírita.



347. Os grupos em formação às vezes ficam embaraçados pela falta de médiuns. Os médiuns são certamente elementos essenciais das reuniões espíritas, mas não são propriamente indispensáveis e seria errôneo supor que na sua falta nada se tenha que fazer. Não há dúvida que numa reunião com o fim de fazer experimentações não podem faltar os médiuns, como não poderiam faltar músicos num concerto. Mas quando se visa ao estudo sério existem muitos problemas úteis e proveitosos que podem ser tratados pelos membros da reunião. Aliás, os grupos que contam com médiuns podem acidentalmente perdê-los e seria de lamentar se acreditassem não ter mais o que fazer. Os próprios Espíritos podem, em certos períodos, deixá-los nessa situação a fim de ensiná-los a passar sem eles. Diremos mais, que isso é mesmo necessário para o aproveitamento dos ensinos então recebidos, permitindo ao grupo dedicar um certo tempo a meditá-los. As sociedades científicas nem sempre dispõem dos instrumentos necessários de observação, mas nem por isso se embaraçam e ficam sem ter do que tratar. Na falta de poetas e de oradores, as sociedades literárias lêem e comentam as obras de autores antigos e modernos. As sociedades religiosas promovem meditações sobre as Escrituras. As sociedades espíritas devem fazer a mesma coisa e conseguirão grande proveito para o seu adiantamento ao promoverem conferências em que seja lido e comentado tudo o que possa ter relação com o Espiritismo, a favor ou contra. Dessa discussão, a que cada um dá a contribuição das suas próprias reflexões, saem os esclarecimentos que passam despercebidos numa leitura individual. Ao lado das obras especiais, os jornais também contribuem com fatos, notícias, reportagens, relatos de virtudes ou de vícios que levantam graves problemas morais suscetíveis de serem resolvidos pelo Espiritismo. Esse é também um meio de se provar que ele se liga a todos os aspectos da vida social. Sustentamos que uma sociedade espírita que organizasse o seu trabalho nesse sentido, armando-se para isso dos materiais necessários, não encontraria muito tempo para se entregar às comunicações diretas dos Espíritos. É por isso que chamamos a atenção dos grupos realmente sérios para esse ponto, dos grupos que desejam mais ardentemente instruir-se do que procurar um meio de fazer passar o tempo.

Consolador prometido

3. Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, por que ele ficará convosco e estará em vós. _ Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17; 26).



4. Jesus promete outro consolador: é o Espírito da Verdade, que o mundo ainda não conhece, pois que não está suficientemente maduro para compreendê-lo, e que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para fazer lembrar o que Cristo disse. Se, pois, o Espírito da Verdade deve vir mais tarde, ensinar todas as coisas, é que o Cristo não pôde dizer tudo. Se ele vem fazer lembrar o que o Cristo disse, é que o seu ensino foi esquecido ou mal compreendido.



O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo. O Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: "que ouçam os que têm ouvidos para ouvir". O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositalmente lançado sobre certos mistérios, e vem, por fim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.



Disse o Cristo: "Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados". Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre?



O Espiritismo revela que a causa está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, são purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem para ir até o fim do caminho.



Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança.